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Ignorar certos comportamentos do seu filho é a melhor maneira de evitar que eles se repitam

  • Writer: Fernando Schultz
    Fernando Schultz
  • Jun 26, 2019
  • 3 min read

Seu filho se recusa a ir nas atividades extracurriculares ou faz birras para ficar na escola? Chuta o seu banco no carro, se joga no chão ao ser contrariado? E por fim tudo deve ser “negociado” para que as coisas aconteçam. O que alguns pais não percebem é que a negociação algumas vezes perde o sentido. O que devemos entender é que na maioria dos casos as negociações tem se tornado uma chantagem. Ex. “Se você se ficar na escola sem chorar , depois vamos no Mac Donalds”, de fato isto não é negociar.

Uma vez que as crianças percebem ter este poder de trocar um mau comportamento por uma recompensa às rotinas passam a ser cada vez mais difíceis para os pais que por fim acabam muitas vezes desistindo e alterando suas rotinas para confortarem desnecessariamente seus filhos.

Ignorar certos comportamentos do seu filho é a melhor maneira de evitar que eles se repitam e que o dia a dia com as crianças vire uma batalha insana. Essa é a proposta (e o desafio para os pais) de um livro recém-lançado nos EUA

Para a coach de família, a norte-americana Catherine Pearlman, mãe de Casey, 14 anos, e Emmett, 11, a resposta dos pais para todas essas situações deve ser a mesma: desviar o olhar. É isso que ela reforça no recém-lançado Ignore It! How Selectively Looking the Other Way Can Decrease Behavioral Problems and Increase Parenting Satisfaction (Ignore! Como Desviar o Olhar Seletivamente Pode Diminuir os Problemas de Comportamento e Aumentar a Satisfação dos Pais, em tradução livre, ainda não lançado no Brasil).

Espetáculo sem plateia, afinal, não fica em cartaz. Mas a principal vantagem para os pais, na opinião da coach, é o alívio que sentem ao não reagir a cada uma das 285 birras que uma criança normal faz todo dia. “A batalha de forças cessa e a paternidade se torna mais agradável.

Confira algumas das principais perguntas da entrevista com a Coach e escritora.

Negociar com as crianças não resolve? Os pais negociam demais com elas na minha opinião. A maioria acha que, assim, todos saem ganhando. Quando, na realidade, só a criança vence. Os pais me perguntam: “Por que não posso apenas dizer que é hora de desligar a TV e pronto? Por que um biscoito não pode ser apenas um biscoito? Por que meu filho não pode comer o que está no prato sem discussão?”. É exaustivo! Acontece que as crianças aprendem a usar a negociação rapidamente em favor próprio. Faz com que consigam mais cinco minutos de brincadeira ou mais um episódio de Bob, O Construtor ou aquele biscoito extra. Mas a boa notícia para os pais é que elas tendem a parar de negociar tudo em suas vidas uma vez que acabem as recompensas a esse tipo de comportamento [isto é, a negociação].

Ignorar, de modo geral, parece simples. Por que os pais não conseguem, então? Porque são humanos. Quando alguém grita com a gente, é natural querer gritar de volta. Vai contra a nossa maneira natural de reagir, por isso é tão difícil. Além disso, mudamos o modo de ser pais e mães nas últimas décadas. As crianças brincavam mais sozinhas. Hoje, todas as atividades são programadas. E a expectativa é que os pais deem a elas toda a atenção do mundo. Elas aprendem, então, a solicitar tal dedicação. A pressão para os pais serem perfeitos e terem crianças exemplares também aumentou. Os pais sentem que sempre precisam fazer algo para melhorar a educação dos filhos. Mas isso não está funcionando.

 
 
 

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